sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

sabe... eu to me virando bem esses últimos tempos. to aprendendo a controlar meus pensamentos, meus sentimentos, minhas palavras e a respeitar o meu tempo. descobri que é sutil a diferença entre existir de fato, e achar que está vivendo. conheci muitas pessoas, faço músicas, as pessoas ouvem e gostam... me perdi numa paixão maluca e ofegante que tirou uma onda comigo, me permiti o choro, a angustia, a impressão de estar a 1cm da depressão, a ansiedade em talvez encontrá-la na avenida, no ponto de ônibus e dizer enfurecidamente "por que diabos está fazendo isso comigo?"... me respeitei, respeitei o meu tempo, me olhei no espelho e pensei... mas não quis pensar muito, porque eu me saboto. de repente, quando percebo, ja me dei um olé tão grande que fica difícil voltar pro eixo. fui pro aeroporto. era a minha saída, era minha chance de respirar um pouco, minha oportunidade de dar um rolê honesto comigo mesma, e rever amigas que fico com o coração quente só em pensar. quando percebi, estava amanhecendo com o rio de janeiro estampado na minha frente, e materializado ao meu lado, numa cor tão linda que não queria nunca parar de olhar. foi súbito. eu me encantei. mas senti uma daquelas paixões tranquilas, sabe? nada muito louco, nada muito ensandecido. pouco tempo pra sentir mais, porém tempo suficiente para dizer "obrigada, foi muito bom. você foi um ponto de tranquilidade diante da loucura na qual me encontrava". voltei mais calma, fiquei de bem comigo mesma. confesso que demorei uns cinco dias pelo menos para me situar na minha própria casa. desde então, consigo resolver minhas coisas com mais calma. aceito viver sentindo tudo o que eu sinto, me permito aproveitar da melhor forma que existe. se eu tiver que ir embora, eu vou. se tiver que ficar, eu fico. o novo sempre me interessou, e nunca tenho nada a perder deixando me levar. 

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