terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Parada. Cinco minutos reparando em cada detalhe do seu rosto. Cada poro, cada cicatriz... Eu já sei de tudo. Sei onde fica, sei como é, sei de onde veio. Sei qual cheiro vou encontrar quando chegar bem perto da curva do seu pescoço com seus ombros. Sei que se eu apertar no meio da sua barriga, você fica nervosa. Mas se eu caminho minha mão pra direita, você cede. E se eu te mordo sem motivo nenhum, você me repele. Mas se minha mordida vier entre beijos cheios de desejo, você chega a arranhar minhas costas. Já te ouvi dizer coisas entre "te amo" e "sai da minha vida, me deixe em paz". Esses extremos é o que nos situa. A liberdade que a gente se dá ao luxo é uma das coisas que nos segura em nós. Nos prende em nós. Nos amarra em nós. Só em nós.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sou geniosa.
Ninguém me coloca numa armadilha.
Você quer mentir pra mim, é?
Não vai conseguir por muito tempo.
Tenho olhos por todo meu corpo, principalmente na minha mente.
Uma vez que roubei sua intimidade, você nunca vai conseguir me sabotar.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Não sei fazer poesia.
Dizem que o inferno astral de cada um vem no mês antecedente do seu aniversário. Mas, parece que o meu aparece em pequenas parcelas distribuídas em alguns dias de todos os meses do ano. Às vezes, tenho vontade de arrancar a pele do meu rosto, e deixar toda essa energia ruim sair.  Toda hora fica um balão bem no meio do meu peito, enchendo e esvaziando, ardendo e pesando. Minha parte superior da cabeça explode. Meu corpo pesa no chão. Entra no chão. Fico entre o escuro, desconhecido e meu físico, conhecido, porém incapaz de me deixar extravasar esse horror dentro de mim. Eu to bem. Eu juro. Mas não... Menina, volta aqui. O desconhecido gosta de mim, pode isso? A todo tempo, dou marretada na mesma tecla. Sempre esse negócio gigantesco que não há nem espaço pra mim direito. Pelo amor de Deus: me deixa.