terça-feira, 27 de agosto de 2013

Parece que agora é de verdade. Você nem sequer escreve mais sobre mim. Nem me cita nos seus pedacinhos por aí. Eu sei que você me lê. Se não é agora, é daqui uns dias quando vier fuxicar nossas coisas com um pingo de saudade. E deixo escrito: as coisas nunca ficaram tão distantes como estão agora. Entendeu?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

M.C.

Gosto de sentir sua respiração quente e do jeito que você fecha os olhos quando começa a me beijar, e os caminhos que suas mãos fazem nos meus cabelos e na minha nuca, e a sua cara de pau quando caminha para outros lugares fora de hora. Gosto de fazer amor com você de tarde, quando o sol bate no seu corpo e você fica de uma cor que dá vontade de arrancar um pedaço e guardar pra sobremesa depois. Não é por acaso que já fizeram tantas mil canções falando sobre sua cor, sobre o diamante, sobre o brilho... É lindo principalmente quando encaro teu corpo todo arrepiado dos meus beijos e dos meus carinhos quando deixo minhas mãos correrem pela sua pele. Mas, de verdade? Gosto de ver você ofegante, arranhando minhas costas, apertando minha pele, com os sentidos soltos de tanto êxtase, enquanto sua voz percorre o quarto até chegar nos meus ouvidos e eu ter a certeza de que é o som mais lindo que já existiu.

Bo-ê-mia

Sou apaixonada pela boemia. Quando ela me carrega pra outras cidades e me faz ouvir outros sotaques - me faz beijar outras bocas, tocar em outros corpos, puxar outros cabelos, ouvir outros gemidos recheados de sotaque, sentir outros cheiros, mergulhar em outros seios, acordar assustada em outros lugares que nem conhecia e mesmo assim me deparar com aquele corpo nu, todo tomado do sol, descansando sobre a cama, magnetizando em mim as lembranças da noite passada, me fazendo um convite para levar as lembranças da manhã que veio depois da noite passada. E se alguém pudesse lembrar das coisas que eu lembro, também ficaria com água na boca, rezando para que pudesse topar por aí com esse bronze todo de novo. Carregar aquele corpo quente pra minha cama, ou pro meu sofá, talvez pra minha mesa, quem sabe no chão da cozinha... E se desse, em cima da máquina de lavar... Ou na cama dela, talvez no sofá da casa dela, quem sabe em frente aquele espelho do chão ao teto no... - é para passar a amá-la.