quarta-feira, 19 de junho de 2013

Penso que não queria tatuar em mim nem frases e muito menos desenhos.
Mas sim músicas. Muitas músicas. As mais bonitas.
Porque na minha cabeça não são todas que tem um longo prazo de validade.
Então, pensei que se elas impregnassem na minha pele, talvez não iria nunca mais esquecê-las.
E agora, diante de tanto estudo sobre o porque música existe, qual a finalidade espiritual e sentimental.. Eu só consigo descartar dezenas de músicas que não condizem com esse novo princípio.
Quando houver uma casa nova pra mim, vai existir um canto, um cantinho simpático e gostoso. É nele que eu vou deitar de cabeça pra baixo, e ficar olhando tudo ao contrário, deixando o sangue me largar a cabeça cheia, pensando o quanto é bonito tudo o que eu to ouvindo. E experimentar cada sensação quando me chega o êxtase da canção. Dure três minutos ou trinta.
Eu gosto do conciso. Mas chega um momento que quanto mais progressivo, quanto mais sem pressa for, melhor.
Faria do meu corpo uma grande caixa de músicas. E ficaria dentro de mim mesma, tentando entender qual a razão de tudo isso ser tão bonito. Lindo. Como já vi tantos sóis se pondo. Como também já vi tantos outros se levantando.
Nunca parei pra expor toda essa minha vontade. Eu só fico pensando, maquinando, divagando, o quanto, pela terceira e não última vez, tudo é tão bonito. O quanto eu me apaixono por notas quebradas e cheias de nonas e sextas. Uma guitarra de jazz subindo e descendo nos seus degraus. Um contrabaixo brincando no seu braço não demarcado, seja com varinha ou não. As teclas batendo nas cordas dando entonação a um piano. Os tambores. Ah! Os tambores! Colados nos seus primos-irmãos pratos. Queria tanto encher um sala inteirinha só dessas maravilhas. Fazê-los todos parte de mim. Ou me fazer parte deles. Ou sermos todos juntos, juntinhos, uma única parte.

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